O filho de Simone
Martins, de 36 anos, sofreu seis paradas cardíacas e morreu depois de se
engasgar com um chiclete enquanto brincava na casa da avó, em Tupã (SP). O caso
foi registrado no dia 27 de dezembro de 2022.
Passados quase dois
meses, Simone ainda vive o luto e ao temmais.com decidiu contar como foi o que
considera o “pior momento de sua vida”.
Na ocasião, ela
estava no trabalho, quando ficou sabendo que seu filho, Arthur Martins Mariano,
se engasgou com uma goma de mascar.
“Ele estava
brincando no momento, tinha comprado um chiclete na mercearia aqui perto e já
tinha mastigado um. Minha mãe contou que ele já estava com um chiclete na boca,
mastigando, e brincava com outro, quando colocou na boca e começou a pular. Ele
não tinha mordido quando engasgou com esse segundo chiclete”, explica Simone.
A partir deste
momento, a família tentou socorrê-lo. No entanto, o desespero pela situação, a
forte chuva que atingia a cidade e o cenário paralisaram as ações da família,
segundo Simone.
“Quando minha mãe
viu que ele engasgou, ela tentou tirar da boca dele, ele chegou a vomitar.
Estava chovendo muito forte, não dava pra se deslocar até o hospital naquele
momento”, relembra.
Simone foi informada
no trabalho sobre o caso e saiu ao encontro do filho. Quando chegou, Arthur já
havia sido levado por um vizinho até o atendimento médico.
Ao chegar na Santa
Casa de Tupã, a mãe afirma ter se sentido “impotente” diante da cena que encontrou
no local.
“Eu peguei minha
moto, saí do trabalho e fui lá. Na hora que eu cheguei, tinham três médicos em
cima do meu filho, ele já tinha sido intubado. Eu não sabia o que fazer, me
senti impotente”, conta.
Arthur, com o aval
da mãe, precisou ser transferido para o Hospital das Clínicas de Marília (SP).
Apesar do trajeto em 40 minutos, Simone rechaça qualquer demora no atendimento
ao filho.
“Ele precisou ir
para Marília porque aqui não tem tratamento para UTI infantil. A viagem foi
super rápida. Eles me informaram que seria um risco levá-lo para Marília e
também seria deixá-lo aqui em Tupã. Eu optei por levar. Meu filho foi super bem
atendido no hospital. Se houve demora, foi no momento de socorrer, não sabíamos
o que fazer”, relata.