
Marreta foi utilizada para matar
cadela, segundo ONG (Foto: Spaddes/Divulgação)
A Justiça de Marília (SP) negou o
pedido de prisão preventiva de um homem suspeito de zoofilia e de matar a
marretadas uma cachorra de seis meses, em Marília (SP).
Na decisão, o juiz Fabiano da Silva
Moreno, da 3ª Vara Criminal do Fórum de Marília, entendeu que, mesmo diante da
gravidade do delito, não havia hipótese para a custódia preventiva, ao menos
neste momento, e negou o pedido de prisão.
O Ministério Público Estadual também já
havia negado o pedido, alegando eventual “constrangimento ilegal” pelo fato do
acusado não oferecer riscos.
O MP apontou ainda “ausência de
elementos que autorizassem a prisão preventiva do acusado. Embora a conduta
seja grave e repugnante, não se vislumbra no momento os requisitos legais para
a concessão da medida”, despachou a promotoria.
O pedido de prisão foi formulado pelo
delegado Sebastião de Castro. Durante o inquérito policial, a polícia tentou
ouvir o acusado, mas ele não foi encontrado e acabou sendo indiciado
indiretamente no inquérito.
Zoofilia e assassinato
O crime veio à tona depois que a
Organização Não Governamental (ONG) Sociedade Protetora dos Animais (Spaddes),
de Marília (SP), registrou um boletim de ocorrência contra o morador do bairro
Argollo Ferrão, por suspeita de zoofilia e de matar uma cadela a marretadas.
O registro na Central de Polícia
Judiciária (CPJ) foi feito no dia 29 de março, mas no documento consta que o
abuso contra o animal, de seis meses e raça indefinida, foi cometido três dias
antes.
Conforme o relato da ONG, após coleta
de depoimentos de testemunhas no local, o animal sofreu sérios ferimentos
durante o abuso e, no dia seguinte, foi abatido com golpes de marreta pelo
suspeito.
Consta ainda no boletim de ocorrência
que a cadela chegou a ser enterrada no quintal do imóvel. Um representante da
ONG, no entanto, afirma que os restos mortais foram removidos posteriormente.
Em vídeo gravado pela entidade, o
suspeito chega a confessar que matou a cadela. Nas imagens, questionado sobre o
ato, o acusado argumenta que fez isso para aliviar o sofrimento do animal.
“Ela tava sofrendo. Foi com uma
marretinha para não ter sofrimento. Ela tava sofrendo, né, coitadinha”, diz o
homem suspeito, de 56 anos.
O crime chegou ao conhecimento da ONG
após informações prestadas pela própria companheira do suspeito. A mulher, que
era tutora da cadela, também disse que ele mantém vídeos de zoofilia e já o
havia flagrado abusando sexualmente do animal diversas vezes.
O caso foi registrado como crime
ambiental relacionado a “praticar ato de abuso a animais”.
Fonte: temmais.com