Marcado por muitos términos de relacionamento, o mês de setembro não está sendo fácil para os românticos. O anúncio do divórcio da cantora Sandy e do músico Lucas Lima, após 24 anos juntos, abalou os corações dos fãs e acendeu a dúvida do "Existe mesmo amor verdadeiro?". Embora o fim da união de alguns casais pareça demonstrar que não, essa "quebra" de relações não significar que não haja conexões sinceras e verdadeiras.
O término de Sandy e Lucas, mesmo depois de mais de duas décadas juntos, não significa que o amor não possa durar. De acordo com a psicóloga Blenda Oliveira, todo mundo entra em uma relação esperando que ela seja frutífera, mas que "as pessoas que casaram nem sempre são as mesmas depois de 15, 20 anos de relacionamento".
Segundo ela, "às vezes é possível encontrar maneiras de conjugar as mudanças que foram ocorrendo ao longo do tempo e, às vezes, não. Quando isso acontece, vai ocorrendo distanciamentos, interesses diferentes, e o casal não se vê mais como um casal no sentido afetivo", explica a especialista em orientação de pais, famílias, casais e adultos.
Decidir terminar um relacionamento, independentemente do tempo que durou, é uma decisão que tem custos emocionais e podem vir por conta de mágoas, ressentimentos, traições e infidelidade. No entanto, às vezes um casal, mesmo aquele que tenha vivido muitos anos juntos, decide que não há mais espaço para aquela relação. De acordo com a psicóloga, a melhor forma de lidar com isso é, primeiramente, conversar e entender o que está acontecendo com ambas as partes.
"Decisões de término são decisões que precisam passar por uma análise, um exame bastante criterioso, a fim de se pensar 'qual é a minha parte nesse casamento? Eu quero fazer algo para que esse casamento continue ou não?", diz Blenda”. O casamento necessariamente precisa passar pelo autoconhecimento, por reavaliar e reconhecer o que eu não fiz e fiz, o que agora me cabe, o que não cabe, para que o casamento não se desfaça em cima de culpabilizações".
É importante pensar que ambos em um relacionamento tem responsabilidade no que venha ou não acontecer, uma vida em parceria precisa de responsabilidade e comprometimento. Quando essas coisas acabam, ou perdem o sentido, no entanto, é necessário avaliar se estar junto causa mais ou menos infelicidade.
"Todas as coisas na vida tem um começo, um meio e um fim. A gente às vezes não sabe quando é esse fim. E pode ocorrer de um casamento chegar no término e isso ser melhor de fato para os dois. Sempre é importante frisar que essas decisões são decisões importantes da vida, tanto casar quanto separar, e que ambas são válidas para melhorar a qualidade de vida de um indivíduo", finaliza Blenda.
Sobre a autora
Blenda Marcelletti de Oliveira é doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e psicanalista pela Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. A especialista atua como psicoterapeuta em orientação de pais, famílias, casais e adultos. Além da prática presencial no consultório, Blenda escreve e troca ideias por meio das redes sociais. Você pode encontrá-la nos perfis @blenda_psi no Instagram e @oliveira_blenda no Twitter.
Fonte: assessoria de comunicação Exclame