Quem passou dos 40 ou está na casa dos
50 sabe que, a partir da meia-idade, o ideal é fazer um check-up anual que
inclua uma bateria de exames. No entanto, a maioria se preocupa, basicamente,
com o coração e os níveis de colesterol e glicose no sangue. Já é um ótimo
começo, mas algumas partes do nosso corpo costumam não merecer a atenção que
merecem. Aqui eu listo cinco delas, que se tornam mais vulneráveis com o
envelhecimento:
Os olhos:
Mesmo quem tem uma visão perfeita deve
fazer um check-up oftalmológico anual. Há doenças cuja incidência aumenta com a
idade, como glaucoma (principal fator de cegueira irreversível no mundo),
catarata, degeneração macular, retinopatia diabética e descolamento da retina.
Pacientes diabéticos integram um grupo de risco não só para a retinopatia: a
hiperglicemia é comprovadamente um fator desencadeante da catarata.
Dentes e gengivas:
Adultos que sofrem de periodontite, infecção
severa que ataca as gengivas – e depois os ossos que sustentam os dentes – têm
risco aumentado para hipertensão.
Uma boca doente é uma espécie de
“berçário” de agentes inflamatórios que podem se espalhar pela corrente
sanguínea.
A produção da saliva, que tem papel
relevante na limpeza da cavidade oral, diminui depois dos 50, situação que se
agrava com os efeitos colaterais de medicamentos como antidepressivos,
diuréticos e anti-hipertensivos. Nesse caso, caprichar na hidratação e higiene,
não fumar, evitar bebidas alcoólicas e alimentos condimentados.
Os pés:
Normalmente, a gente só lembra deles
quando começam a doer. Depois dos 50, isso é cada vez frequente, após décadas
de negligência. Use um creme hidratante e aproveite para massagear a região. As
unhas ficam mais frágeis e têm que ser aparadas com atenção, em linha reta e
sem aprofundar nos cantos, para não encravarem. Mulheres, descartem os
instrumentos de tortura de bico fino e salto alto que estão no armário. Sapatos
confortáveis e estáveis devem ter a base larga, para acomodar o pé, e os dedos
não podem ficar apertados. Experimente modelos até dois números acima do seu e
surpreenda-se com a sensação de conforto.
Quadris e joelhos:
“Quadris e joelhos são submetidos a um
estresse bem maior que os ombros, por exemplo, e a dor tem um impacto severo na
qualidade de vida”.
Pessoas que praticam esportes têm mais
chances de sofrer lesões nos joelhos que podem exigir cirurgia. Obesidade é
outro fator de risco, pelo peso extra que representa.
Ouvidos:
No Brasil, estima-se que mais de 10
milhões enfrentem um quadro de perda auditiva, 57% acima dos 60 anos, mas o
processo pode se iniciar na faixa dos 40 – você não precisa aumentar o volume
da TV, mas passa a ter dificuldade de entender o que os outros dizem num
ambiente barulhento. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia,
as pessoas levam em média sete anos para buscar a ajuda de um especialista. O
preocupante é que a surdez é a principal causa modificável de declínio
cognitivo na velhice
“Nosso cérebro é feito de conexões e,
num quadro de surdez, algumas áreas começam a se conectar menos. Com o tempo, a
pessoa passa a ter dificuldades de compreensão e fala”.
Fonte: Bem Estar