O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado nesta segunda (5), e a cada ano, o dia tem um tema específico que serve como foco central para as atividades e iniciativas realizadas no mundo todo. Em 2023 o tema se concentrará em soluções para a poluição plástica, e, segundo especialistas, começam por escolhas de consumo.

"A gente se sente feliz quando ajuda uma pessoa, mas sabe que não está resolvendo o problema do mundo, e com a reciclagem é a mesma coisa. A gente deve cuidar e ser responsável com o nosso consumo e com o descarte de lixo, mas enquanto não houver um compromisso da indústria com o uso de materiais com possibilidade de reciclagem, esses esforços não serão efetivos", explica.

Segundo o professor Pedro Henrique, o plástico é um problema mundial. "A embalagem de praticamente tudo utiliza esse produto. E a população ainda desconhece muito do processo de separação de lixo.

"É preciso ter uma certa consciência de consumo, a começar no ato da compra, escolhendo por produtos que não utilizem embalagens de material que não possa ser reciclado. Depois, é preciso ter consciência no momento do descarte do lixo. A UnB já não tem mais lixeiras embaixo da mesa dos funcionários. Agora as lixeiras são específicas para separação do lixo, e grandes empresas já fazem assim também", diz o professor.

A coleta seletiva é o recolhimento de materiais recicláveis (papel, papelão, plástico, isopor, metal) que são separados pelos cidadãos nas residências, assim como pelas empresas e instituições em suas instalações, sendo posteriormente encaminhados para a reciclagem.

Nos condomínios, além da infraestrutura necessária para separar os resíduos em recicláveis e não recicláveis, também é preciso orientar os funcionários da limpeza e contar com a participação efetiva dos moradores.

️ Como separar os resíduos para a coleta seletiva

A separação dos resíduos deve ser feita usando duas lixeiras. Uma de lixo seco e outra para lixo orgânico.

🥤 Na lixeira de recicláveis secos pode ser descartado:

todo tipo de plástico

isopor

metal

embalagem longa vida

papéis e papelão

🍌 Na outra lixeira, vão os resíduos orgânicos:

restos de comida

papéis engordurados

guardanapos usados ou papéis molhados

saquinhos de chá

filtro de café

lixo de banheiro, fezes de animais

pequenas quantidades de madeira

folhas de plantas

Mudanças de mercado

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas todos os anos pela população mundial, metade das quais é projetada para ser usada apenas uma vez, sendo que, desse total, menos de 10% é reciclado. No entanto, um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) aponta que a poluição plástica pode ser reduzida em 80% até 2040 se os países e as empresas fizerem mudanças profundas nas políticas e no mercado usando as tecnologias existentes.

De acordo com o relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), para reduzir a poluição plástica em 80% em todo o mundo até 2040, é necessária a eliminação de plásticos problemáticos e desnecessários para reduzir o tamanho do problema. O documento pede três mudanças no mercado:

Reutilizar

A promoção de opções de reúso, como garrafas reabastecíveis, dispensadores a granel, esquemas de caução, esquemas de devolução de embalagens, pode reduzir em 30% a poluição por plástico até 2040. Para concretizar seu potencial, os governos devem ajudar a criar modelos comerciais mais sólidos para os reutilizáveis.

Reciclar

Reduzir a poluição plástica em mais 20% até 2040 pode ser possível se a reciclagem se tornar um empreendimento mais estável e lucrativo. A remoção dos subsídios aos combustíveis fósseis, a aplicação de diretrizes de design de embalagens para melhorar a reciclagem, entre outras medidas podem aumentar a parcela de plásticos economicamente recicláveis de 21% para 50%.

Reorientar e diversificar

Segundo a Pnuma, a substituição cuidadosa de produtos, como embalagens plásticas, sachês e embalagens para viagem, por produtos feitos de materiais alternativos, como papel ou materiais compostáveis, pode proporcionar uma redução adicional de 17% na poluição plástica.

 

Fonte: G1

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